Especialmente para o Blog da PrintWayy, Reinaldo Sakis, Research and Consulting Manager na IDC Brasil, responde 04 perguntas-chave sobre o futuro do outsourcing de impressão no Brasil após período do COVID-19.
Queremos cada vez mais compreender as necessidades do mercado do outsourcing de impressão e, dos consumidores dos serviços de impressão; é um processo cíclico de construção de conhecimento.
Internalizar este conhecimento, tê-lo só pra nós, não é justo com quem nos acompanha e faz parte da nossa comunidade, que vem aqui no blog e, em nossos perfis nas mídias sociais, buscar por informação atualizada para se desenvolver e evoluir como provedor deste serviço.
PrintWayy e IDC selam uma parceria para que juntas possam disseminar mais dados e enriquecer o mercado com informações que permitam grandes perspectivas de negócios.
“É muito bom que a PrintWayy e IDC juntas possam trocar informações e falar para seus públicos de assuntos importantes e que impactam o mercado do outsourcing de impressão. Esta aliança entre as marcas vai gerar muita sinergia, insights e conhecimentos. Tudo será compartilhado aqui, com a comunidade do Blog da PrintWayy.” comenta Hernani Alves Melo, COO da PrintWayy.
A primeira ação desta parceria é esta série de perguntas, feitas por nós da PrintWayy e, respondidas pela IDC, que baseadas nos dados resultantes da pesquisa realizada sobre o impacto da pandemia para o nosso mercado revela como o futuro pode ser.
Acompanhe atentamente, a partir de agora vamos falar sobre possíveis cenários do outsourcing de impressão para 2021 e demais anos:
Coronavírus: planos para o mercado do outsourcing de impressão pós-pandemia
Manuseando a pesquisa realizada pela IDC COVID-19: 03 POSSÍVEIS CENÁRIOS – O impacto do COVID-19 na indústria de TIC na América Latina, podemos destacar algumas questões urgentes na conjuntura do outsourcing de impressão para a América Latina. Estas são algumas das observações:
- A IDC prevê a retomada e o estabelecimento do “novo normal” a partir do primeiro trimestre de 2021.
- A pandemia pode causar uma redução de 5,5% no PIB no Brasil.
- A previsão da IDC para o mercado de TIC (Tecnologia da Informação e Comunicação) na América Latina em 2020 (antes da COVID-19) era de crescimento de mais de 7% em relação a 2019, agora é de baixa de 4% ou mais.
- ‘Digital First’ é o caminho para a América Latina acelerar e recuperar o crescimento.
- A transformação digital ganha força.
- Os impactos da pandemia de COVID-19 no mercado de tecnologia da informação e comunicação na América Latina representam uma redução de US$ 15 bilhões.
- Haverá 02 pontos de inflexão positivos na recuperação pós-quarentena: é necessário começar a planejar para estar pronto para uma aceleração da operação no curto prazo e para um retorno ao pensamento inovador nos próximos 02 trimestres.
Tendo estas notas em mãos, eu as agrupei em 04 grandes perguntas-chave e fui conversar com o Reinaldo Sakis, Research and Consulting Manager na IDC Brasil, que ponderou cada uma delas com explicações muito esclarecedoras. Confira:
01) PrintWayy: Como o provedor de serviços de outsourcing de impressão pode garantir o impulsionamento financeiro da sua operação sabendo que haverá queda no crescimento no setor, diminuição do PIB e, um possível estabelecimento econômico após o primeiro trimestre de 2021?
IDC – Reinaldo Sakis: Analisando o tema por uma perspectiva mais ampla, o mercado sofreu muito no primeiro semestre e já demonstra algum nível de retomada agora no segundo semestre, mas é importante destacar que a economia e principalmente o ímpeto de seguir o processo de transformação digital se acelerou e deve ser importante, mesmo para as pequenas empresas, em 2021.
Não existem garantias, o que podemos indicar é que o caminho da diferenciação através da digitalização e da automatização de processos, por exemplo, é uma saída para ultrapassar este momento de incertezas. Imaginar que seguiremos gerando receita com o mesmo modelo de negócios que vínhamos operando nos últimos anos é um erro que pode custar o futura da companhia, afinal mais do que “novos problemas”, os novos tempos, também requerem novas soluções.
Podemos destacar que algumas das empresas que estão crescendo este ano incluíram novos produtos e serviços no portfólio e estão ajudando os usuários a trilhar o caminho para a transformação digital. Apesar de parecer um bordão, quando um prestador de serviços molda seus produtos para auxiliar a evolução do seu cliente o reconhecimento e o faturamento normalmente acompanham.
02) PW: Com a possibilidade do home office em tempo integral há a possibilidade das empresas residirem seus contratos de outsourcing de impressão? E, isso, pode impactar no valor do CPP?
IDC – Reinaldo Sakis: Haverá sim reduções de espaços físicos e a algumas empresas, nossas clientes, podem perecer, mas devemos analisar este momento pela perspectiva de um processo de evolução natural (Darwin), no qual não são os mais forte (em $$$) que sobrevivem, mas aqueles que melhor se adaptam ao novo ambiente. Os contratos antigos que estávamos apenas renovando devem ser adaptados para que o provedor possa mostrar a flexibilidade que tem para seguir apoiando aos clientes com algo além de papel, toner e tinta.
Quanto ao CPP, se pensarmos nele como custo para impressão ele pode ser proibitivo e depreciar nosso negócio, mas se pensarmos que por meio dele, uma multifuncional que posso deixar na residência de um funcionário, a empresa pode seguir cadastrando novos clientes ou mesmo pode seguir imprimindo notas fiscais o “custo por página” pode passar a ser visto com outros olhos.
O próprio conceito de cobrança por CPP já vem passando por uma transformação, visto que as empresas têm lançado um novo olhar para operações de digitalização e gerenciamento desses documentos digitais oferecendo agilidade, segurança, e por consequência um valor agregado diferenciado e apoiado em operações que se afastam no “Custo por página impressa”.
03) PW: Qual é a participação ou, influência, do provedor de outsourcing de impressão na transformação digital dentro das empresas clientes e, como ele pode incluir o ‘Digital First’ em sua cultura organizacional?
IDC – Reinaldo Sakis: O poder de influência é muito grande pois, os provedores de outsourcing, vocês, estão dentro do dia a dia da empresa cliente e entendem o negócio dele (cliente), e seguindo a tendência de terceirização e “as a Service”, o grande diferencial é oferecer todo suporte operacional para que o cliente possa dar toda prioridade e atenção ao seu core business.
Essa é a chave para identificar a forma de adaptar as ofertas buscando suportar o processo de transformação, mudando a importância da TI. Transformada de uma área de suporte para uma área que permite que a empresa possa seguir funcionando independentemente da situação, que hoje é uma pandemia, mas pode ser uma chuva, uma enchente, uma seca ou tufão bomba.
Já devem ter ouvido que a COVID-19 foi o maior impulsionador da transformação digital e que ele trouxe para 2020 um momento que era esperado para daqui a cinco anos e por essa razão não deve estar sendo muito difícil convencer alguém de que o caminho para o Digital não tem volta.
04) PW: O que o provedor, independe de seu porte, deve levar em conta ao realizar o seu planejamento estratégico de recuperação pós-quarentena? Como estes 02 pontos de inflexão positivos podem fazer parte da construção dos próximos passos?
IDC – Reinaldo Sakis: Antiga, mas sempre atual, a filosofia nos lembra que “nada neste mundo é permanente, exceto a mudança e a transformação”, e como primeiro passo, compreender a situação atual e aceitar a inevitável transformação é essencial para quebrar paradigmas e olhar as coisas de uma nova forma.
No planejamento de curto prazo devemos ter por objetivo a manutenção da operação, adequando os custos ao momento difícil que vivemos. Já quando falamos em médio e longo prazos, o planejamento deve estar ligado ao fortalecimento de parceiras existentes e a busca pela qualificação com a ampliação do portifólio para debates mais estratégicos além do CPP e não estou falando em altos custos como novos especialistas ou contratação de plataformas, o ponto aqui é o de entender os clientes que se tem hoje e entender o que pode ser feito para eles nos mesmo moldes que a reengenharia de impressão trouxe há alguns anos, principalmente quando a impressora vem se tornando cada vez menos o final do processo, deixando de ser apenas um receptor e se tornando um transmissor, ganhando mais e mais complexidade e se tornando o meio do processo, um agente de transformação e uma engrenagem em um processo de logística ou de gerenciamento de pessoas e produtividade, por exemplo.
Não existe uma receita única, mas seguirão havendo oportunidades para aqueles com olhares mais atentos.
Os clientes da IDC podem saber mais sobre o tema no relatório Impacto do COVID-19 nos gastos com infraestrutura de TI. A PrintWayy agradece o Reinaldo Sakis em nome da IDC por compartilhar estas informações e análises exclusivas aqui em nosso blog.
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