E a 4ª Edição da Conversa com Especialista vem acompanhada de bolinho de bacalhau, muito azeite de oliva, pastel de nata e de Santa Clara. Uma taça de vinho do Porto, o canto do fado e os versos e a prosa de Saramago e Fernando Pessoa.
Dá para sentir-se estar na Rua Cor-de-Rosa, na Calçada de Santana ou na Travessa do Paraíso, ou ainda vendo os guarda-chuvas coloridos de Águeda.
Ora pois, esta conversa está internacional!
E Portugal vem muito bem representada pelo Élio Novo da PrintRia.
Com 10 anos de atuação no mercado português, a PrintRia tem como missão ajudar os seus clientes a impulsionar os seus negócios por meio de um serviço de MPS de alta qualidade.
Sem mais delongas, convido você a imergir neste fascinante clima português e acompanhar a conversa que tivemos. E como diz o sábio poeta:
“Não tenhamos pressa, mas não percamos tempo.”
José Saramago
Conversa com Especialista:
Élio Novo – CFO na PrintRia
→ Conhecendo o mercado de outsourcing de impressão em Portugal ←
Obs: mantivemos as respostas do Sr. Élio no português de Portugal, preservando assim a sua originalidade e pessoalidade.
PrintWayy – Élio, com 10 anos de atuação a PrintRia é, com certeza, uma empresa de sucesso. Conte-nos agora um pouco mais sobre a empresa e sobre a sua atuação.
Elio Novo – Fazemos em Setembro próximo, 10 anos de muito empenho, sacrifício e vontade!
Não sei se chamaria ainda de sucesso, porque ele é efêmero! Com a velocidade em que as mudanças acontecem hoje em dia, se gastarmos muito tempo a festejar, estamos a ser ultrapassados e a perder oportunidades de negócio!
Contudo, o início desta história, começa depois da universidade em que comecei a trabalhar “a sério” numa empresa que era nessa altura o concessionário oficial da Xerox nesta região, tendo como colegas de trabalho o Francisco e o António, os meus sócios na Printria.
Fomos todos saindo para outras empresas e áreas de actividade, até que em 2009 a Xerox nos convidou a estabelecer um novo concessionário para dar suporte comercial a um conjunto de clientes que tinha ficado órfão.
Foi um início complicado, em que tínhamos um computador para partilhar, uma mesa de plástico e uma impressora emprestada… Quem nos visitava, confessa hoje, que saía da empresa a pensar que éramos malucos e que não teríamos muito tempo de vida!
Cliente após cliente fomos sempre investindo tudo o que a empresa gerava na melhoria de condições de trabalho e fomos crescendo também em número de pessoas, sendo hoje 14.
PW – Nós estamos percebendo que Portugal está ficando muito popular com relação à tecnologia e à prestação de serviço envolto nela. Como provedor de outsourcing de impressão a PrintRia se insere neste contexto. Na sua opinião, por que Portugal vem crescendo e se destacando tanto?
EN – No passado, existia muito a tradição da compra. As empresas pequenas e médias gostavam de ter um equipamento que fosse delas.
Com o aparecimento de empresas especializadas no aluguel de equipamentos, a tendência veio a inverter-se e hoje em dia 90% dos equipamentos são instalados através dessa forma de financiamento.
PW – Apesar de falarmos o mesmo idioma e termos a vossa cultura inserida aqui, nossos países são diferentes. Queremos muito saber qual é a maturidade do mercado de outsourcing de impressão e como as empresas contratantes vêem este serviço em Portugal.
EN – Hoje em dia em Portugal o outsourcing é encarado naturalmente como uma maneira de permitir às empresas a actualização tecnológica que necessitam, sem se descapitabilizarem e para dessa forma fazerem face às exigências actuais de partilha de documentação entre clientes, fornecedores e entidades públicas.
Por exemplo, há 10 anos atrás, a funcionalidade de digitalização começava a ser um requisito, hoje é uma obrigação!
As empresas necessitam actualizar as suas ferramentas internas para estarem capazes de reagir rapidamente às necessidades que o mercado coloca!
PW – Sabemos que o posicionamento da empresa é importantíssimo. Por isto, nos diga, como a PrintRia se coloca frente ao mercado?
EN – Muito próxima dos seus clientes. A razão do nosso crescimento contínuo foi essa. Conquistando cliente a cliente, muitas vezes por indicação dos mesmos! Criamos em Setembro de 2009 o cliente 1, e é nosso objectivo atingir o número 2.000 em 2019.
Promovemos soluções transversais aos vários segmentos de mercado, desde ao pequeno gabinete de contabilidade, até à grande multinacional com 50 equipamentos.
A área de impressão digital também é um mercado importante pelo volume de faturação que representa para nós.
Como desenvolvemos a nossa actividade principalmente no distrito de Aveiro e no concelho de Vila Nova de Gaia, significa que estamos entre, mas ao mesmo tempo afastados, das duas grandes áreas metropolitanas de Portugal – Porto e Lisboa, onde estão localizados os centros de decisão da grande maioria das grandes empresas, pelo que nos dedicamos a promover as nossas soluções, principalmente, no sector privado em micro e pequenas empresas.
Sermos capazes de nos adaptarmos a diferentes tipos de necessidades tem sido extremamente importante!
PW – Atualmente vocês são um grande parceiro da Xerox, prestando assistência, comercializando diversos tipos de equipamentos e soluções. Qual é o maior desafio para manter essa parceria?
EN – O maior desafio é conseguir acompanhar a evolução que a parceria exige.
Para uma pequena empresa conseguir acompanhar a evolução de uma multinacional exige muito empenho e capacidade de reação. Nem sempre é fácil!
Quando começamos necessitávamos apenas de fazer a instalação dos equipamentos que vendíamos.
Hoje precisamos de ter em permanência várias pessoas a dar suporte.
Felizmente, não somos os únicos com esta necessidade, porque as ferramentas de monitorização e suporte remoto têm vindo a aumentar e melhorar.
PW – Você percebe um crescimento do mercado de outsourcing de impressão em nível nacional e internacional?
EN – A nível nacional, sem dúvida. Pelo que vou falando com os colegas de empresas que trabalham a nível Europeu, a tendência é mesma.
PW – Em relação à concorrência, o que vocês fazem para estar sempre à frente?
EN – Pessoalmente, imagino que estou atrás de todos os meus concorrentes, para que diariamente tente fazer melhor!
A optimização de todos os processos internos é fundamental para conseguir dar a melhor resposta aos pedidos que nos chegam.
PW – Como CFO na PrintRia, as finanças estão sob sua responsabilidade. Para você, o que mais impacta na lucratividade de um contrato de aluguel de equipamentos?
EN – Custos indirectos.
Comparar faturas de compra com faturas de venda é relativamente fácil. Vamos obter um número, que tem que ser positivo. A dificuldade é conseguir apurar todos os custos que se têm em cada contrato.
Depois de os obtermos, o número final pode ser uma surpresa, nem sempre positiva.
Cultivar internamente uma cultura contínua de optimização, planeamento e previsão dos acontecimentos, é uma obrigação para a redução dos custos indirectos que passam muitas vezes despercebidos.
PW – Quais são os principais dados que você analisa mensalmente em cada contrato e como a coleta é realizada?
EN – O início do trabalho com a PrintWayy deveu-se a essa necessidade de ter mais dados para poder avaliar a rentabilidade em cada contrato.
A facilidade de ver o que está a ser feito em cada contrato, em qualquer lugar onde esteja é muito importante.
PW – Élio, como vimos a rotina de uma empresa de outsourcing é corrida e exige muita energia, mas no meio disso tudo o que te deixa feliz e motivado?
EN – O que me deixa mais feliz é o crescimento! Tanto da empresa como das pessoas que dela fazem parte.
A minha motivação pessoal assenta na necessidade que sinto de aprender todos os dias para poder ajudar a aprender.
PW – Agora Élio, nos fale quais são as oportunidades e os desafios que existem para os empresários que queiram ser um provedor de outsourcing de impressão em Portugal?
EN – Fazendo parte de um país ainda burocrático, o maior desafio para qualquer jovem empresário em Portugal, em qualquer área de actividade é conseguir ter tempo para o negócio, com tanta solicitação externa que nos chega diariamente.
PW – Temos uma curiosidade! Você já veio para o Brasil?
EN – Ainda não! Tenho recebido a visita de familiares e amigos que vivem no Brasil.
Também conheço profissionalmente algumas pessoas que foram para o Brasil trabalhar e outras que fizeram o percurso inverso.
PW – Em nome de toda a PrintWayy agradeço a você Élio, por ter disponibilizado seu tempo e por ter compartilhado todas estas informações e o seu conhecimento aqui, na 4ª Ed. da Conversa com Especialista. Muito Obrigado! E, quando puder, venha nos visitar.
EN – Nós é que agradecemos o esforço que toda a equipa PrintWayy coloca diariamente na melhoria da plataforma. Quando visitar o Brasil, a vossa região fará parte!
Obrigada por ter acompanhado toda esta conversa. Você gostou?
Deixei nos comentários a sua opinião sobre a série Conversa com Especialista!