Quanto vale uma boa ideia? Bom, na economia criativa, muito!
Essa economia refere-se a negócios que trabalham com serviços ou produtos que têm como base a criatividade, tendo o capital intelectual como matéria-prima, se adaptando aos desejos de quem consome e produzindo novidades.
A criatividade está atrelada à capacidade de inventar e ter ideias inovadoras, não estando restrita apenas ao âmbito das artes. Claro, quando falamos em ideias criativas, pensamos diretamente em pinturas, músicas e filmes, no entanto, ela vai além disso.
E, não está restrita às áreas de cultura e entretenimento, alcançando as atividades da área a qual estamos inseridos – a tecnologia, e a cada ano ganha uma expansão considerável entre os outros âmbitos.
Ela está vinculada a diversos setores, como o de consumo, cultura, mídias, e tecnologia. Ainda, existem atividades as quais são relacionadas a ela, que são as indústrias, serviços e de apoio.
A partir de agora, convido você a conferir como surgiu o conceito de economia criativa, entendendo também todas as suas associações com o mundo tech.
Quando nasceu o conceito de economia criativa?
Para iniciar essa conversa, precisamos voltar alguns anos atrás, para ser mais exata, em 2001.
Foi neste ano que o professor John Howkins, criou o conceito de economia criativa, disposto em seu livro “Economia criativa – Como ganhar dinheiro com Ideias criativas”, o qual trouxe o quanto a criatividade tem interferência na economia, tornando-se um bom negócio.
Aqui no Brasil, ela ganhou destaque no ano de 2011, com a criação da Secretaria da Economia Criativa, a qual promove, implementa e coordena ações que a fortalecem no país.
Em entrevista para a Época Negócios, publicada com o título “Criatividade é uma ferramenta de sobrevivência”, Hawkins falou um pouco sobre quais são os erros mais comuns praticados por empreendedores criativos:
“De certa forma, toda pessoa criativa é um empreendedor das suas próprias ideias. E a marca de um empreendedor é sua crença inabalável em sua própria ideia e sua capacidade de equilibrar essa crença com o que o mercado quer. Então, os dois erros mais comuns são ter preguiça de defender suas próprias ideias e ignorar o que o mercado deseja.”
O avanço das indústrias criativas é constante e, não pretende parar! Conforme dados dispostos pela ONU, elas são responsáveis por ser um dos setores mais transformadores da economia mundial.
Ainda, de acordo com informações da Unesco, a economia criativa deve ser parte das estratégias de crescimento econômico, gerando US$ 2,25 milhões por ano e 29,5 milhões de empregos no mundo.
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O encontro da tecnologia com a criatividade
Se formos colocar em pauta o assunto inovação, nosso país ainda tem muito a aprimorar.
O Brasil encontra-se na 62ª posição do Índice Global de Inovação (IGI), produzido no ano de 2020 e divulgado pela WIPO (World Intellectual Property Organization), ranking que engloba mais de 130 países.
O estudo chamado Mapeamento da Indústria Criativa, elaborado pela Firjan no ano de 2019, estabeleceu que os setores de Consumo e Tecnologia correspondem a cerca de 80% dos trabalhadores criativos do Brasil, apresentando um desempenho superior quando observado no resto da economia.
Na tabela apresentada abaixo, é possível visualizar a Cadeia de Indústria Criativa em nosso país, onde a Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) está presente, e como atividade relacionada, encontra-se o suporte técnico de TI.
O estudo mostra que a tecnologia é a 2ª maior área da economia criativa, ficando atrás apenas da área de consumo, e responde por 37,1% de todos os trabalhadores criativos brasileiros.
Ela tornou-se a área que possui maior remuneração entre todas as outras, e no ano de 2017 chegou a representar 03 vezes e meia o rendimento mensal brasileiro do período.
Esse setor também possui 02 dos 04 segmentos os quais registraram maior expansão, levando a um desempenho superior ao do mercado de trabalho, e se tornando a menos afetada nos períodos de 2015 a 2017. Segundo a Firjan, ela esteve em -2,1%, frente a -3,7% no total do mercado.
A organização comentou, em seu estudo, que a economia digital e a indústria 4.0 (que está relacionada a sistemas cibernéticos, internet das coisas e inteligência artificial), serão fontes de crescimento e geração de riqueza:
“Os empregos em Tecnologia se alinham à tendência mundial de digitalização – a emergência da economia digital e da indústria 4.0 tem tudo para constituir importante motor de crescimento e de geração de riqueza em um futuro próximo. Tal padrão é notado em especial no segmento de TIC (+1,8%), com o avanço de Programadores (+3,3%) e Gerentes de Tecnologia da Informação (+1,4%).”
Conforme levantamento realizado pela Advance Consulting, no ano de 2021, o mercado de TI brasileiro crescerá 21%, atingindo assim a maior taxa de crescimento até hoje.
A pesquisa apontou que, no 1º trimestre deste ano (2021), os empresários de TI foram surpreendidos com o crescimento de 15,7% e, no 2º, teve a alta de 26,5%, quando comparado ao mesmo período do ano passado.
Embora haja dificuldades econômicas promovidas pelo momento de crise trazida pela pandemia, o país vem crescendo significativamente nesse setor, e mostrando que o cenário para os próximos anos também é favorável.
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