Você já ouviu falar em intraempreendedorismo? Bem, se ainda não sabe sobre do que se trata, você tem em suas mãos a oportunidade de conhecer e se aprofundar nessa aptidão que está sendo buscada e valorizada no mundo dos negócios.
“Muitas coisas não ousamos empreender por parecerem difíceis; entretanto, são difíceis porque não ousamos empreendê-las.” Sêneca
O intraempreendedorismo, como seu próprio nome sugere, é a prática de empreender dentro da empresa em que se atua profissionalmente.
Colaboradores que tem as competências, pedidas e necessárias, para este novo momento do mercado são intraempreendedores natos. Eles dão ideias e sugestões para o crescimento e melhoramento dos produtos, dos serviços, dos processos internos e até sobre o mercado de atuação da empresa.
Os intraempreendedores se envolvem com os objetivos da instituição e, vão além, sempre tendo o propósito empresarial junto com a visão, a missão e os valores praticados.
Quando o intraempreendedorismo é motivado dentro do ambiente de trabalho ele surge como uma dinâmica que une, engaja, motiva e fortalece as equipes e a cultura da própria empresa.
Na prática, este colaborador que empreende internamente tem o tão famoso espírito empreendedor e, parafraseando Jorge Paulo Lemann (economista e empresário suíço-brasileiro que, em 2019, foi considerado pela Forbes como o segundo homem mais rico do Brasil, com uma fortuna estimada em US$ 22,8 bilhões), pode-se fazer entender que o intraempreendedor não é um soldado, mas sim um nômade.
“Gostamos de pessoas que andam sozinhas. Preferimos aquele profissional que nós sabemos que vai criar algum problema, porque vai querer andar um pouco sozinho e vai fazer alguma besteira até. Eu não gosto tanto daquele soldado disciplinado que só vai fazer a coisa quando tiver uma ordem.” Jorge Paulo Lemann
Intraempreendedorismo: a origem do termo
O intraempreendedorismo vem da expressão inglesa “intrapreneur”.
Originalmente o termo surgiu no final dos anos 70 como uma forma de abreviar o conceito “intracorporate entrepreneuring” que pode ser entendido, no português, como empreendedorismo intracorporativo.
O empreendedor, autor e co-fundador do Graduate Institute Bainbridge, agora Presidio Graduate School e da Pinchot & Co., Gifford Pinchot III, e Elizabeth Pinchot, escreveram, em 1978, um artigo enquanto frequentavam a escola Tarrytown para empresários em Nova Iorque e, o nomearam como: Intra-Empreendedorismo Corporativo.
Em 1985 Pinchot publica a obra Intrapreneuring: Why You Don’T Have to Leave the Corporation to Become an Entrepreneur. Neste livro, o autor afirma que o intraempreendedorismo é empreender dentro dos limites de uma organização já existente.
Algumas frases ditas por Gifford Pinchot III, servem até hoje como base para entender o conceito.
“Nós chamamos intraempreendedores às pessoas que transformam ideias em realidade no seio de uma organização.”
“Intraempreendedores são aqueles que fazem acontecer. Para além disso recrutam outros para ajudar. Seja a trabalharem numa ideia que foi sua, seja a construir a ideia de outros, são os sonhadores que realizam.”
Pinchot definiu, à sua época, aqueles que considerava serem os dez mandamentos dos intraempreendedores (Intraempreendedorismo: porque você não precisa deixar a empresa para se tornar um empreendedor – 1985). Veja:
Os 10 mandamentos do intraempreendedor
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Forme sua equipe. Intraempreendedorismo não é uma atividade solitária.
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Compartilhe o mais amplamente possível as recompensas.
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Solicite aconselhamento antes de pedir recursos.
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É melhor prometer pouco e realizar em excesso.
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Faça o trabalho necessário para atingir o seu sonho, independentemente de sua descrição de cargo.
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Lembre-se de que é mais fácil pedir perdão do que pedir permissão.
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Tenha sempre em mente os interesses de sua empresa e dos clientes, especialmente quando você tiver que quebrar alguma regra ou evitar a burocracia.
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Vá para o trabalho a cada dia disposto a ser demitido.
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Seja leal às suas metas, mas realista quanto às maneiras de atingi-las.
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Honre e eduque seus patrocinadores.
Em seu site, Gifford Pinchot, publicou em novembro de 2011, que a estes dez mandamentos, hoje, ele acrescentaria mais 06:
Os 06 novos mandamentos do intraempreendedor
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Peça conselhos antes de pedir recursos.
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Expresse gratidão.
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Construa sua equipe; intraempreender não é uma atividade individual.
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Compartilhe recursos amplamente.
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Lembre-se dos melhores interesses da empresa e de seus clientes, especialmente quando você precisar quebrar as regras ou contornar a burocracia.
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Não peça para ser demitido; mesmo se quebrar regras e agir sem permissão, use toda a sua habilidade política, dessa forma, seus apoiadores podem se unir para tocar o projeto adiante sem criar caso.
O perfil do intraempreendedor
Segundo o site Key Differences o empreendedor e o intraempreendedor possuem algumas qualidades semelhantes, como: convicção, criatividade, zelo e insights.
Mas diferencia os perfis sendo que, um empreendedor se caracteriza como sendo uma pessoa que inicia seu próprio negócio com uma nova ideia ou conceito. E, o intraempreendedor representa um colaborador que promove a inovação dentro dos limites da organização.
Veja abaixo uma comparação feita pela Key Differences entre os perfis do intraempreendedor e do empreendedor:
06 exemplos reais de intraempreendedorismo
Se você for procurar no Google casos reais de intraempreendedorismo o buscador vai lhe apresentar algumas várias páginas. Mas, para poupar este esforço de você, nós apresentamos aqui, no Blog da PrintWayy, 06 exemplos reais que são conhecidos por terem sido feitos por intraempreendedores.
Venha ver:
1) GMAIL, DA GOOGLE
A Google é, com certeza, um exemplo de empresa que aplica e presa pelo empreendimento interno. Inovadora desde nascença a empresa estimula que seus funcionários trabalhem com o esquema 80/20 – trabalhando 80% do tempo com as questões da empresa e dedicando 20% de tempo para projetos pessoais.
Um fruto desses projetos pessoais é justamente o Gmail! Foi o desenvolvedor Paul Buchheit quem deu vida para este serviço da Google, ele trabalhou de forma independente para criar a primeira versão da ferramenta.
2) O BOTÃO “CURTIR” DO FACEBOOK
O botão curtir está presente na vida de quase todas as pessoas que acessam a internet, seja por usarem o Facebook ou estarem em outros serviços com funcionalidade parecida. Aqui no blog você também pode acionar o botão “curtir”, é uma forma de você mostrar se gostou do conteúdo apresentado.
Esta funcionalidade teve origem em um hackathon, evento que permite aos funcionários trabalhar em projetos pelos quais são apaixonados.
3) MACINTOSH, DA APPLE
O computador Macintosh, também conhecido como Mac, da Apple é outro exemplo de intraempreendedorismo. Steve Jobs organizou um grupo de colaboradores para trabalhar de forma independente no desenvolvimento do computador.
4) PLAYSTATION, DA SONY
Na época a Sony era totalmente contra a sua entrada no mercado de jogos. O então jovem Ken Kutaragi resolveu trabalhar, por conta própria, em um chip de som para o que viria a ser o videogame 16-bits da Nintendo. Foi preciso que houvesse uma pessoa entre os seniores que enxergasse o trabalho de seu funcionário com outros olhos.
5) POST-ITS, DA 3M
Um dos cientistas da 3M, o Dr. Spencer Silver, estava pesquisando um adesivo para aplicação em tecnologia aeroespacial, mas, acabou criando um produto adesivo muito fino e leve que não deixava rastros nas superfícies onde era colocado. Hoje, esse produto da 3M é o s famoso Post-its.
6) SPECTRUM E OCULUS, DA SHUTTERSTOCK
A Shutterstock, todos os anos, realiza um Hack-A-Thon, evento que reúne programadores, designers e outros profissionais ligados ao desenvolvimento de software para uma maratona de programação. O objectivo é desenvolver um software que atenda a um fim específico ou projetos livres que sejam inovadores e utilizáveis, durante um período de 24h.
Destes eventos saíram algumas ideias, como a ferramenta que aumentou, e muito, a experiência para os utilizadores, a Spectrum, um poderoso motor de busca que permite pesquisar imagens apenas através de cores, e uma outra ferramenta, igualmente poderosa, de análise de dados, Oculus, que, é utilizada até hoje.
👉 Deixe um comentário contando como o intraempreendedorismo é visto na sua empresa e, se você é um intraempreendedor.
Nós, aqui da PrintWayy, adoramos uma boa iniciativa!
O intraempreendedorismo está no DNA do #DreamTeam – todos sempre trazem novas ideias para resolver alguma dor do mercado ou para tornar o nosso processo ainda melhor.
Um exemplo de intraempreendedorismo dos colaboradores da PrintWayy é o PeopleWayy. Hoje um evento semanal já estabelecido dentro do ambiente organizacional que aborda assuntos de responsabilidade social.
A iniciativa foi da Lídia Fernanda Souza, ela chamou um grupo de colegas, que compartilhavam do mesmo sentimento e expressavam a vontade em trabalhar temas abrangentes, sociais e contemporâneos.
O PeopleWayy tem uma organização própria e alguns processos foram criados. Por exemplo, tem um responsável por fazer os contatos com os convidados (nomes sugeridos) e organizar a agenda, tem aquela pessoa que faz a reserva do local (auditório, laboratório, sala de reunião, etc); alguém que se responsabiliza por fazer um resumo mensal das atividades para serem compartilhadas nos nossos canais de comunicação; existe uma pessoa que comunica e convida todos a participarem e, tem as pessoas que ficam falando o tempo todo e dando ideias sem parar… e assim vai!
Max Mendes Rosa, diretor aqui da PrintWayy, ao buscarmos exemplos de intraempreendedorismo logo veio falando do PeopleWayy, que segundo ele:
“O PeopleWayy é uma iniciativa que partiu do #DreamTeam, e trouxe inovação e fortalecimento da nossa cultura. É um excelente exemplo nosso que temos para compartilhar”. Max Mendes Rosa