Impresso X Digital: os opostos se distraem, ou os dispostos se atraem?

por | dez 17, 2018 | Variedades

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Tanto se falou (e ainda se fala) no fim dos materiais impressos (principalmente jornais, livros, revistas e publicidade impressa).

De uma forma apocalíptica foi anunciado que os materiais impressos iriam acabar e que as gráficas seriam extintas e as impressoras virariam itens raros (de colecionador, lado a lado com as máquinas de escrever).

Surgiram boatos de “malucos” por aí que calcularam um ano específico para fim do impresso, surgiram anos como 2027 e 2046 (eles ainda estão longe, mas o fim do impresso não chegará tão cedo). E acreditavam que a internet e os meios digitais iriam exterminar com as publicações físicas (em carne, osso, papel e tinta).

É claro, que assim que as novidades do digital apareceram houve uma ameaça real ao fim do impresso.

Mas, foi esta ameaça que tirou os materiais impressos de suas zonas de conforto e os seus formatos foram reinventados e evoluíram.

O impresso e o digital dividem hoje os mesmos espaços. Nenhuma empresa deixou de imprimir seus documentos e nem de arquivá-los em formato digital. Continuamos lendo livros físicos e e-books foram adicionados a nossa biblioteca virtual.

Além de tudo, com a tendência do vintage ou do retrô, várias peças de decoração (como quadros, almofadas, cortinas, papel de parede e até lençóis e cobertores) trazem a estampa de páginas antigas de grandes e famosos jornais, como também, ilustrações com peças da prensa móvel de Gutenberg.

Como uma Fênix. Renascendo das cinzas!

De mares agitados a calmas águas tropicais e cristalinas ou, como uma fênix que renasce das suas próprias cinzas, o mercado do impresso se restabeleceu e está ganhando forças e crescendo, como mostram matérias e publicações do setor.

As impressoras têm o seu lugar e dificilmente o perderá. Novos modelos, sim! Novas opções de impressão, sim! Outros formatos, disposições, tamanhos e funções, sim também!

Uma prova deste crescimento e permanência na preferência de consumo de conteúdo escrito e visual são os resultados apresentados pela pesquisa “Impressão e papel em um mundo digital”.

Realizada em julho de 2017 e publicada em julho de 2018, a pesquisa foi executada de forma independente pela empresa especializada Toluna, a pedido da Two Sides.

A pesquisa foi aplicada em mais de 10.700 consumidores. O levantamento abrangeu 10 países. Entre eles o Brasil, Austrália, França, Alemanha, Itália, Nova Zelândia, África do Sul, Espanha, Reino Unido e Estados Unidos.

O relatório apresenta as respostas dos 10 países, proporcionando uma visão internacional e única sobre as preferências, atitudes e confiança dos consumidores no papel e na impressão em um mundo digital.

Os resultados mostram que os consumidores confiam, desfrutam e obtém um entendimento mais profundo das informações quando impressas. Revelando sinais de fadiga digital e preocupação evidente com a segurança e a privacidade.

A Two Sides, provedora desta pesquisa, é uma iniciativa global de empresas da indústria de comunicação gráfica, incluindo silvicultura, celulose, papel, tintas e produtos químicos, pré-impressão, impressão, acabamento, editorial, envelopes e operadores postais.

Fundada em 2008, a Two Sides é uma organização sem fins lucrativos. Busca encorajar iniciativas de sustentabilidade em todas as etapas de produção da indústria da comunicação impressa, e também  comunicar a inerente sustentabilidade de toda a indústria.

Acompanhe as principais descobertas do estudo. Caso queira ver mais conteúdos que falam sobre sustentabilidade e o mercado de impressão, clique nas imagens abaixo:

Imagem de um galho de árvore, ao seu lado há o personagem Pac-Man que em linha reta vem comendo folhas de papel. Ilustração de Impressão e sustentabilidade.

Ilustração de uma casa com quatro andares feita de papel, ela contém chaminés, varanda, porta e várias janelas, ao seu lado há uma folha de papel rasgada. A ilustração representa o papel, tema central desta matéria.

Impressão e papel em um mundo digital

A cada minuto, 2.460.000 fragmentos de conteúdo são compartilhados no Facebook. 277.000 tweets são enviados e 72 horas de novos vídeos são carregadas.

Não há como negar que hoje os consumidores têm acesso a mais informações do que nunca. Nesta rica sociedade digital, o lugar destinado ao papel e à impressão é assunto altamente debatido.

Esta pesquisa fornece informações sobre como os consumidores em todo o mundo veem, preferem e confiam no papel impresso para leitura como lazer ou para ter acesso a notícias.

No geral, os resultados mostram que os consumidores confiam, desfrutam e obtém um entendimento mais profundo das informações quando impressas. Revelando sinais de fadiga digital e preocupação evidente com a segurança e a privacidade.

mpressão e papel em um mundo digital

Two Sides – Impressão e papel em um mundo digital.

 

Principais descobertas

→ Muitos consumidores preferem e gostam de ler impressos

Os resultados indicam que os consumidores preferem ler a versão impressa de livros (72%), revistas (72%) e jornais/notícias (55%) do que as alternativas digitais. Muitos entrevistados também indicaram que a leitura em mídia impressa é mais agradável do que em meios eletrônicos.

→ Os consumidores confiam no que está impresso e obtêm uma compreensão mais profunda ao ler um impresso

Um contingente maior de consumidores acredita ter uma compreensão mais profunda do texto quando lido na mídia impressa (65%) do que em fontes de notícias online (49%). Além disso, os consumidores também confiam mais nas histórias lidas nos jornais impressos (51%) do que nas encontradas nas mídias sociais (24%). A maioria dos consumidores (76%) também indicou que está preocupada com a tendência de notícias falsas, as “fake news”.

→ Os hábitos de leitura variam de acordo com o conteúdo

Ao questionar os hábitos de leitura em mídia impressa ou digital, muitos entrevistados indicaram que o tempo gasto na leitura de um livro (45%), revista (63%) ou jornal (61%) é menor agora do que no passado. No entanto, quando os consumidores estão lendo revistas ou livros, tendem a ler as versões impressas mais regularmente (48% de revistas, 54% de livros). Quando estão consultando veículos de comunicação, 76% leem notícias em um dispositivo digital regularmente e 50% planejam ler mais notícias online no futuro.

→ Existe uma preocupação com os impactos do consumo digital na saúde

52% concordaram que passam muito tempo em dispositivos eletrônicos e 53% estão preocupados com a possibilidade de o uso excessivo de dispositivos eletrônicos ser prejudicial para sua saúde (fadiga ocular, privação de sono, dores de cabeça). Mais de um terço concorda que estão sofrendo de sobrecarga digital.

→ Os consumidores respondem ao marketing impresso e às mensagens publicitárias

Os resultados indicam que 52% preferem ler catálogos impressos de produtos e, em média, 45% dos consumidores concordam que gostam de receber malas diretas e folhetos impressos entregues em sua casa, sendo que 46% prestam atenção a eles.

→ Os consumidores acreditam que devem ter o direito de escolher como recebem informes

A parte final da pesquisa examina a tendência de informes somente digitais. As conclusões indicam que 89% dos consumidores acreditam que devem ter o direito de escolher como recebem informes (impressos ou eletrônicos) de serviços financeiros e provedores de serviços, sem custo extra.

→ Imprimir oferece mais privacidade e segurança

71% dos consumidores se preocupam com a privacidade de seus dados pessoais circulando eletronicamente. 73% acreditam que manter cópias impressas em casa é uma maneira mais segura de armazenar informações.

Veja agora, outros dados importantes da pesquisa:

Países que mais amam a impressão

Two Sides – Impressão e papel em um mundo digital

Preferência de leitura

72% de todos os entrevistados preferem livros impressos, e apenas 9% optam pelos leitores eletrônicos.

A pesquisa descobriu que a França tem os maiores fãs de livros impressos, com 85% escolhendo esse formato.

As revistas impressas são tão populares quanto os livros impressos, com 72% preferindo sentar e relaxar com um exemplar em papel de sua revista favorita.

As preferências são abrangentes na leitura de notícias em todo o mundo. No geral, 55% preferem jornais impressos, enquanto 27% optam por ler notícias em seu computador e apenas 17% escolhem usar um celular ou tablet.

Para documentos transacionais, com exceção das declarações fiscais, computadores (laptops e desktops) são o método de leitura preferido.

Hábitos de leitura

Os livros impressos são preferidos por 72% dos consumidores e são lidos diariamente ou pelo menos uma vez por semana por 54% de todos os entrevistados.

Apenas 28% dos entrevistados globais preferem ler livros eletronicamente (celular, tablet, computador e leitores eletrônicos). Essa preferência é claramente refletida no comportamento pois, 55% afirmam que nunca ou raramente leem livros eletrônicos.

80% de todos os pesquisados leem revistas impressas pelo menos uma vez por mês, em comparação com 56% lendo revistas digitais.

A pesquisa encontrou diferenças consideráveis nos hábitos de leitura de revistas.

Por exemplo, 57% dos entrevistados na Itália lêem uma revista impressa pelo menos uma vez por semana, mas na Nova Zelândia e na Austrália, menos de 35% dos consumidores lêem uma revista impressa toda semana.

No Brasil, 63% afirmam ler uma revista digital pelo menos uma vez por semana, em comparação com apenas 19% dos entrevistados do Reino Unido.

Sobrecarga digital

A pesquisa descobriu que 53% dos entrevistados globais estão preocupados com o fato de que o uso excessivo de dispositivos eletrônicos pode prejudicar sua saúde.

67% dos entrevistados no Brasil acreditam que passam um tempo excessivo em dispositivos eletrônicos. 43% dos brasileiros também sentem que estão sofrendo de sobrecarga digital.

73% dos entrevistados globais acreditam que ler livros impressos é mais agradável do que ler e-books.

69% acreditam que as revistas impressas são mais agradáveis e 62% pensam que ler jornais impressos é mais agradável do que as alternativas eletrônicas.

Migração para o digital

89% dos entrevistados globais acreditam ter o direito de escolher como recebem informes (impressos ou eletrônicos) de organizações financeiras e outros prestadores de serviços.

58% dos entrevistados no Brasil e 44% dos entrevistados em todo o mundo consideraram mudar para uma organização financeira ou prestador de serviços alternativos caso fossem forçados a digitalizar toda a comunicação.

Os registros em papel são importantes para os consumidores por motivos de segurança.

73% dos entrevistados globais mantêm cópias impressas de documentos importantes arquivadas em casa, pois acreditam que essa é a maneira mais segura de armazenar suas informações.

No geral, 61% dos entrevistados acham mais fácil rastrear suas despesas e gerenciar suas finanças quando impressas em papel.

Gostou e quer ver mais dados?  É só acessar o relatório completo da pesquisa clicando aqui: Impressão e papel em um mundo digital.

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Autor

Coordenadora de Comunicação e Marketing na PrintWayy