Tanto se falou (e ainda se fala) no fim dos materiais impressos (principalmente jornais, livros, revistas e publicidade impressa).
De uma forma apocalíptica foi anunciado que os materiais impressos iriam acabar e que as gráficas seriam extintas e as impressoras virariam itens raros (de colecionador, lado a lado com as máquinas de escrever).
Surgiram boatos de “malucos” por aí que calcularam um ano específico para fim do impresso, surgiram anos como 2027 e 2046 (eles ainda estão longe, mas o fim do impresso não chegará tão cedo). E acreditavam que a internet e os meios digitais iriam exterminar com as publicações físicas (em carne, osso, papel e tinta).
É claro, que assim que as novidades do digital apareceram houve uma ameaça real ao fim do impresso.
Mas, foi esta ameaça que tirou os materiais impressos de suas zonas de conforto e os seus formatos foram reinventados e evoluíram.
O impresso e o digital dividem hoje os mesmos espaços. Nenhuma empresa deixou de imprimir seus documentos e nem de arquivá-los em formato digital. Continuamos lendo livros físicos e e-books foram adicionados a nossa biblioteca virtual.
Além de tudo, com a tendência do vintage ou do retrô, várias peças de decoração (como quadros, almofadas, cortinas, papel de parede e até lençóis e cobertores) trazem a estampa de páginas antigas de grandes e famosos jornais, como também, ilustrações com peças da prensa móvel de Gutenberg.
Como uma Fênix. Renascendo das cinzas!
De mares agitados a calmas águas tropicais e cristalinas ou, como uma fênix que renasce das suas próprias cinzas, o mercado do impresso se restabeleceu e está ganhando forças e crescendo, como mostram matérias e publicações do setor.
As impressoras têm o seu lugar e dificilmente o perderá. Novos modelos, sim! Novas opções de impressão, sim! Outros formatos, disposições, tamanhos e funções, sim também!
Uma prova deste crescimento e permanência na preferência de consumo de conteúdo escrito e visual são os resultados apresentados pela pesquisa “Impressão e papel em um mundo digital”.
Realizada em julho de 2017 e publicada em julho de 2018, a pesquisa foi executada de forma independente pela empresa especializada Toluna, a pedido da Two Sides.
A pesquisa foi aplicada em mais de 10.700 consumidores. O levantamento abrangeu 10 países. Entre eles o Brasil, Austrália, França, Alemanha, Itália, Nova Zelândia, África do Sul, Espanha, Reino Unido e Estados Unidos.
O relatório apresenta as respostas dos 10 países, proporcionando uma visão internacional e única sobre as preferências, atitudes e confiança dos consumidores no papel e na impressão em um mundo digital.
Os resultados mostram que os consumidores confiam, desfrutam e obtém um entendimento mais profundo das informações quando impressas. Revelando sinais de fadiga digital e preocupação evidente com a segurança e a privacidade.
A Two Sides, provedora desta pesquisa, é uma iniciativa global de empresas da indústria de comunicação gráfica, incluindo silvicultura, celulose, papel, tintas e produtos químicos, pré-impressão, impressão, acabamento, editorial, envelopes e operadores postais.
Fundada em 2008, a Two Sides é uma organização sem fins lucrativos. Busca encorajar iniciativas de sustentabilidade em todas as etapas de produção da indústria da comunicação impressa, e também comunicar a inerente sustentabilidade de toda a indústria.
Acompanhe as principais descobertas do estudo. Caso queira ver mais conteúdos que falam sobre sustentabilidade e o mercado de impressão, clique nas imagens abaixo:
Impressão e papel em um mundo digital
A cada minuto, 2.460.000 fragmentos de conteúdo são compartilhados no Facebook. 277.000 tweets são enviados e 72 horas de novos vídeos são carregadas.
Não há como negar que hoje os consumidores têm acesso a mais informações do que nunca. Nesta rica sociedade digital, o lugar destinado ao papel e à impressão é assunto altamente debatido.
Esta pesquisa fornece informações sobre como os consumidores em todo o mundo veem, preferem e confiam no papel impresso para leitura como lazer ou para ter acesso a notícias.
No geral, os resultados mostram que os consumidores confiam, desfrutam e obtém um entendimento mais profundo das informações quando impressas. Revelando sinais de fadiga digital e preocupação evidente com a segurança e a privacidade.
Principais descobertas
→ Muitos consumidores preferem e gostam de ler impressos
Os resultados indicam que os consumidores preferem ler a versão impressa de livros (72%), revistas (72%) e jornais/notícias (55%) do que as alternativas digitais. Muitos entrevistados também indicaram que a leitura em mídia impressa é mais agradável do que em meios eletrônicos.
→ Os consumidores confiam no que está impresso e obtêm uma compreensão mais profunda ao ler um impresso
Um contingente maior de consumidores acredita ter uma compreensão mais profunda do texto quando lido na mídia impressa (65%) do que em fontes de notícias online (49%). Além disso, os consumidores também confiam mais nas histórias lidas nos jornais impressos (51%) do que nas encontradas nas mídias sociais (24%). A maioria dos consumidores (76%) também indicou que está preocupada com a tendência de notícias falsas, as “fake news”.
→ Os hábitos de leitura variam de acordo com o conteúdo
Ao questionar os hábitos de leitura em mídia impressa ou digital, muitos entrevistados indicaram que o tempo gasto na leitura de um livro (45%), revista (63%) ou jornal (61%) é menor agora do que no passado. No entanto, quando os consumidores estão lendo revistas ou livros, tendem a ler as versões impressas mais regularmente (48% de revistas, 54% de livros). Quando estão consultando veículos de comunicação, 76% leem notícias em um dispositivo digital regularmente e 50% planejam ler mais notícias online no futuro.
→ Existe uma preocupação com os impactos do consumo digital na saúde
52% concordaram que passam muito tempo em dispositivos eletrônicos e 53% estão preocupados com a possibilidade de o uso excessivo de dispositivos eletrônicos ser prejudicial para sua saúde (fadiga ocular, privação de sono, dores de cabeça). Mais de um terço concorda que estão sofrendo de sobrecarga digital.
→ Os consumidores respondem ao marketing impresso e às mensagens publicitárias
Os resultados indicam que 52% preferem ler catálogos impressos de produtos e, em média, 45% dos consumidores concordam que gostam de receber malas diretas e folhetos impressos entregues em sua casa, sendo que 46% prestam atenção a eles.
→ Os consumidores acreditam que devem ter o direito de escolher como recebem informes
A parte final da pesquisa examina a tendência de informes somente digitais. As conclusões indicam que 89% dos consumidores acreditam que devem ter o direito de escolher como recebem informes (impressos ou eletrônicos) de serviços financeiros e provedores de serviços, sem custo extra.
→ Imprimir oferece mais privacidade e segurança
71% dos consumidores se preocupam com a privacidade de seus dados pessoais circulando eletronicamente. 73% acreditam que manter cópias impressas em casa é uma maneira mais segura de armazenar informações.
Veja agora, outros dados importantes da pesquisa:
Preferência de leitura
72% de todos os entrevistados preferem livros impressos, e apenas 9% optam pelos leitores eletrônicos.
A pesquisa descobriu que a França tem os maiores fãs de livros impressos, com 85% escolhendo esse formato.
As revistas impressas são tão populares quanto os livros impressos, com 72% preferindo sentar e relaxar com um exemplar em papel de sua revista favorita.
As preferências são abrangentes na leitura de notícias em todo o mundo. No geral, 55% preferem jornais impressos, enquanto 27% optam por ler notícias em seu computador e apenas 17% escolhem usar um celular ou tablet.
Para documentos transacionais, com exceção das declarações fiscais, computadores (laptops e desktops) são o método de leitura preferido.
Hábitos de leitura
Os livros impressos são preferidos por 72% dos consumidores e são lidos diariamente ou pelo menos uma vez por semana por 54% de todos os entrevistados.
Apenas 28% dos entrevistados globais preferem ler livros eletronicamente (celular, tablet, computador e leitores eletrônicos). Essa preferência é claramente refletida no comportamento pois, 55% afirmam que nunca ou raramente leem livros eletrônicos.
80% de todos os pesquisados leem revistas impressas pelo menos uma vez por mês, em comparação com 56% lendo revistas digitais.
A pesquisa encontrou diferenças consideráveis nos hábitos de leitura de revistas.
Por exemplo, 57% dos entrevistados na Itália lêem uma revista impressa pelo menos uma vez por semana, mas na Nova Zelândia e na Austrália, menos de 35% dos consumidores lêem uma revista impressa toda semana.
No Brasil, 63% afirmam ler uma revista digital pelo menos uma vez por semana, em comparação com apenas 19% dos entrevistados do Reino Unido.
Sobrecarga digital
A pesquisa descobriu que 53% dos entrevistados globais estão preocupados com o fato de que o uso excessivo de dispositivos eletrônicos pode prejudicar sua saúde.
67% dos entrevistados no Brasil acreditam que passam um tempo excessivo em dispositivos eletrônicos. 43% dos brasileiros também sentem que estão sofrendo de sobrecarga digital.
73% dos entrevistados globais acreditam que ler livros impressos é mais agradável do que ler e-books.
69% acreditam que as revistas impressas são mais agradáveis e 62% pensam que ler jornais impressos é mais agradável do que as alternativas eletrônicas.
Migração para o digital
89% dos entrevistados globais acreditam ter o direito de escolher como recebem informes (impressos ou eletrônicos) de organizações financeiras e outros prestadores de serviços.
58% dos entrevistados no Brasil e 44% dos entrevistados em todo o mundo consideraram mudar para uma organização financeira ou prestador de serviços alternativos caso fossem forçados a digitalizar toda a comunicação.
Os registros em papel são importantes para os consumidores por motivos de segurança.
73% dos entrevistados globais mantêm cópias impressas de documentos importantes arquivadas em casa, pois acreditam que essa é a maneira mais segura de armazenar suas informações.
No geral, 61% dos entrevistados acham mais fácil rastrear suas despesas e gerenciar suas finanças quando impressas em papel.
Gostou e quer ver mais dados? É só acessar o relatório completo da pesquisa clicando aqui: Impressão e papel em um mundo digital.