Nosso DreamTeam é cheio de talentos, e você está sendo apresentado a alguns deles ao longo da série [Fala Playyer!]. Caso tenha perdido as edições anteriores, elas contaram sobre a rotina da Design Gráfico Flávia Cristofolini, e toda a sua criatividade e inspirações, além de um papo sobre desenvolvimento (de software e carreira) com o Eduardo Córdova.
E, nesta nova edição, estamos indo um pouquinho mais longe – decidimos atravessar o Atlântico. Aqui na PrintWayy somos remote first, e essa característica nos possibilita ter colaboradores em diversas regiões do país e, até mesmo do mundo.
Mas, como isso funciona na prática? Bom, para você entender melhor, a conversa que vamos ter hoje será com a Aline de Mattos, que residia no Brasil e atualmente está morando em terras portuguesas.
Além de compartilhar como estão sendo os seus primeiros meses por lá, ela também nos trouxe a sua visão sobre o mercado de trabalho para mulheres na TI, e de que maneira equilibra a maternidade com as suas atividades na empresa.
Aline de Mattos fala sobre maternidade, mulheres na TI e vivências em Portugal
1. Oi Aline! Seja bem-vinda à série [Fala Playyer!], é muito bom ter você aqui com a gente. Para começar, gostaria que se apresentasse para o nosso público, falando um pouco da sua jornada profissional e como seu caminho se cruzou com o da PrintWayy.
Aline: Olá, é um prazer estar aqui hoje! Passei por experiências diversas na vida profissional. Foram muitas funções, desde um estágio em uma eletrônica, a reparar aparelhos telefônicos em meados da década de 90, até a vaga de DBA (Administradora de Banco de Dados) na Prefeitura de Passo Fundo – RS.
Por motivos pessoais acabei me afastando da TI, abri mão do concurso público e da estabilidade e me dediquei ao fantástico e desafiador mundo da maternidade. E, neste período, fui professora substituta no Instituto Federal de Santa Catarina, um dos maiores desafios na minha carreira profissional.
Em 2021, decidi ser o momento de retornar de vez ao mercado de trabalho. Então passei a pesquisar empresas de Tecnologia da Informação. Procurava um retorno em uma empresa em que me sentisse pertencente a algo, uma empresa onde eu pudesse fazer a diferença e não ser apenas mais uma colaboradora.
A vaga para analista de suporte na PrintWayy me chamou atenção, na verdade, foi a única vaga para a qual me inscrevi. A cada etapa do processo seletivo tinha certeza que aqui era o meu lugar e a empresa que eu procurava.
2. Atualmente você reside, junto com a sua família, em Portugal. Você poderia nos contar um pouco sobre como está sendo toda a sua adaptação neste outro continente?
Aline: Certa vez eu ouvi de alguém que imigrar é morrer e nascer de novo. E realmente são novos números de documentos, novas referências, até a referência geográfica muda, agora a praia não é mais a leste, é a oeste. Os primeiros meses foram de muita burocracia, mas como estávamos bem planejados e já havíamos estudado muito sobre Portugal, passamos por esse processo de forma mais suave.
No entanto, o que dificulta um pouco a adaptação é a questão da língua. Por mais que Brasil e Portugal sejam países lusófonos (cuja língua oficial ou dominante é o português), há muitas diferenças do português do Brasil para o português de Portugal.
Mas o que mais me impressiona é que o povo português entende perfeitamente o que os brasileiros falam, pois aqui consome-se cultura do mundo todo, inclusive do Brasil. É muito comum ouvir músicas brasileiras tocando nas rádios portuguesas. Acho realmente uma pena que no Brasil não se consuma mais da cultura portuguesa também, seria uma troca incrível.
3. Após esse tempo distante, o que você já sente falta do Brasil? E, também, o que mais amou em Portugal?
Aline: Sinto falta das pessoas próximas. Confesso que tem dias que a saudade dói um pouco mais, principalmente em datas comemorativas, momentos em que provavelmente estaríamos reunidos. Mas a pandemia e a disseminação do uso das tecnologias de certa forma nos deram muitas opções para estarmos próximos mesmo distantes.
Já sobre Portugal, estou amando estar aqui. Sabe, tudo aquilo que estudamos nos livros de história? Então! Estar no lugar onde tudo ocorreu, sentir a história viva é incrível. Ver a cultura sendo preservada em cada fachada, entrar em uma edificação construída há mais de 800 anos, é fantástico.
Isso sem contar as questões da educação pública de altíssima qualidade, espaços públicos bem cuidados e a segurança. Estou morando na Área Metropolitana de Lisboa e sinto-me tão segura quanto se morasse em uma cidade pequena no interior de Santa Catarina.
4. E, como essa mudança afetou o seu dia a dia aqui na PrintWayy?
Aline: Primeiramente, o fato da PrintWayy ter feito a transição para uma empresa remote first, facilitou muito, podemos atuar na empresa de qualquer lugar do planeta, basta ter acesso à internet.
Mas isso não é tudo, pois, somos também uma empresa people first, e preocupações que nem passaram pela minha cabeça inicialmente, foi motivo de preocupação para nossos gestores, como o caso de que estaria trabalhando em outro fuso horário e ficaria difícil me manter na mesma equipe que estava (atualmente o chat on-line do suporte tem horário fixo conforme o horário de Brasília).
Foram-me sugeridas outras funções para facilitar a minha permanência na PrintWayy, e hoje faço parte do comercial. O principal é que a decisão foi minha, então poderia ter escolhido a função que mais se adequasse a minha nova rotina e horários.
5. De que maneira você mantém o equilíbrio entre seu trabalho e a maternidade?
Aline: Esse é um desafio que toda mãe enfrenta e equilibrar isso é realmente um desafio. Desde a função no suporte, e agora na área de parcerias, estar trabalhando remoto facilita muito, principalmente porque me permite criar vínculos e dar exemplo ao mesmo tempo.
Posso estar redigindo um e-mail e, em simultâneo, estar apoiando meu filho mais velho na tarefa para casa ou então olhar os desenhos da filha mais nova enquanto aguardo na linha de espera de algum parceiro comercial.
Temos os nossos combinados aqui entre mim e as crianças, e eles respeitam bem os momentos que estou ou não disponível. Além de que os filhos são meus companheiros na hora do café, já que a presença dos colegas de trabalho não é possível.
6. Como você vê a relação do mercado de trabalho com você, antes e depois de se tornar mãe?
Aline: Eu sei que sou uma exceção no mundo atual, mas eu tive a oportunidade de curtir a primeira infância dos meus filhos e voltar ao mercado de trabalho sem que me fosse exigido romper os laços e vínculos com eles para poder desempenhar minhas funções.
No entanto, compreendo o quanto é desafiador para uma mãe ter que decidir entre criar laços com seus filhos ou trabalhar para sustentá-los, mais desafiador ainda para aquelas que são mães solo, pelas quais tenho profunda admiração!
7. Considerando sua formação em Ciência da Computação, você acredita que existam ainda muitas barreiras para as mulheres na tecnologia? E, como mudar isso?
Aline: Vejo que isso vem mudando gradualmente, mas ainda há muito que evoluir. Quando iniciei a faculdade éramos 06 mulheres num total de 50 alunos. Daquela 06 apenas 02 concluíram o curso.
Hoje, observo que as mulheres estão com outro mindset, e não aceitando mais que é um mundo masculino, que aqui ou ali não é lugar para elas. Quanto mais mulheres mostrarem ao mundo da TI, “estamos aqui e não vamos sair”, outras serão impactadas por este movimento.
Eu fui a primeira mulher na equipe de suporte da PrintWayy e, quando saí, deixei a porta aberta, hoje já há outra mulher no time, e que venham muitas mais. Então, as mulheres precisam estar dispostas a tomar o seu lugar. É assim que as coisas acontecem!
8. Qual o melhor modo de aproveitar o tempo com qualidade na sua opinião?
Aline: Posso dizer que, para mim, aproveitar o tempo com qualidade é estar inteira no momento e atividade que estou fazendo, algo que aprendi a desenvolver ao conhecer a filosofia do mindfullness. Penso que o tempo deixa de ser aproveitado, as atividades deixam de ser prazerosas quando estamos fazendo algo com o pensamento em outra coisa.
9. Como você acredita que a inovação é inserida dentro das suas atividades na empresa, neste caso, dentro dos processos comerciais?
Aline: O mundo evoluiu muito, em especial nos últimos anos, em função da pandemia. Utilizar novas técnicas, adquirir novos conhecimentos pelas mais diversas plataformas nos permite abrir a mente. Ter acesso a diversos métodos e cursos na área de comunicação tem auxiliado muito.
O processo comercial da PrintWayy não se resume às vendas. É muito mais uma consultoria do que uma venda. Claro que temos a intenção de abrir parcerias, mas muito mais que isso, queremos auxiliar os provedores a tirar o melhor proveito da automação de seus processos.
De nada adianta termos um parceiro utilizando nossa solução se isso não facilita a vida das pessoas envolvidas no processo. Em um mundo onde a maioria dos processos comerciais resume-se a cifras, é um desafio mostrar ao cliente nossa verdadeira essência.
10. Existem habilidades que você pensa serem indispensáveis para os profissionais atuais, especialmente aos que atuam na área da tecnologia?
Aline: Vejo que muitas vezes os profissionais, principalmente de TI, esquecem que toda relação profissional diz respeito ao ser humano. Se um desenvolvedor escreve centenas de linhas de código, nas melhores práticas, com as melhores ferramentas, mas esquece-se, no processo, que aquele código nada mais é do que uma ferramenta para auxiliar outro ser humano, então seu trabalho não será bom o suficiente. Tudo se resume às relações humanas e o profissional que perder isso de vista, perde a principal habilidade necessária em qualquer profissão.
11. O que você diria a quem busca por coragem para encarar e tornar realidade mudanças na vida como as que você realizou?
Aline: Pare de sonhar. Se tem um desejo, tire-o do mundo dos sonhos, trace metas, objetivos, põe uma data na realização e os passos necessários para chegar lá. Se o sonho é mudar de carreira, não espere a oportunidade vir, trace um objetivo, estude o que precisa para alcançar, identifique quais os desafios.
O mesmo vale para qualquer desejo: comprar um imóvel, fazer uma viagem, mudar de país. Quando o sonho vira planejamento, as coisas passam a acontecer. E tudo bem se no percorrer o caminho, o objetivo mudar, trace nova rota, faça o novo planejamento e siga.
Do meu “Eu quero morar na Europa!” para o “Vou para Portugal em janeiro de 2022!” foram muitas planilhas, horas e horas de pesquisa, planos A, B, C, muitas pequenas e grandes atividades no caminho.
Muito obrigada pelo bate-papo!
Gostaria de fazer parte do DreamTeam, e estar inserido numa cultura people first, que é um Great Place to Work de verdade? Vá até a nossa página de carreiras, e confira as vagas disponíveis. #VemPraPrintWayy 💛💙