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Nós já comentamos no blog que uma das publicações mais acessadas da categoria Variedades é sobre o profissional de TI do futuro. No entanto, estamos em 2023 e, levando em conta a digitalização acelerada, podemos falar que o futuro do profissional de TI é hoje – ele já está aqui, e estamos vivendo diariamente.
E, se você atua na área (olá colega!), está certamente atento às habilidades necessárias para manter-se no mercado, tanto as soft skills (habilidades comportamentais), como as hard skills (habilidades técnicas). Elas fazem parte, inclusive, das perguntas que realizamos na série [Fala Playyer!], onde entrevistamos algumas pessoas do DreamTeam.
Bem, caso você não esteja tão por dentro do assunto assim, vou te mostrar os conceitos de cada uma delas, olha só:
Soft skills: compreendem-se por habilidades pessoais, sociais e emocionais que não estão diretamente relacionadas a conhecimentos técnicos específicos, mas são consideradas essenciais para o sucesso profissional e nas interações interpessoais. Como exemplo, podemos citar a comunicação, o trabalho em equipe, pensamento crítico, empatia e inteligência emocional.
Hard skills: já estas são específicas e tangíveis, adquiridas por meio de treinamentos, educação formal ou experiência prática. A sua diferença é que são específicas do trabalho, sendo relacionadas a um campo profissional ou setor. Aqui, a exemplificação é o conhecimento em linguagens de programação, habilidades de design gráfico ou finanças, entre outros.
Para o empresário e autor Seth Godin, esses conjuntos de competências são igualmente relevantes, e criou o termo real skills (habilidades reais) em 2017, o qual faz muito sentido atualmente, ainda mais após passarmos pelo período de crise pandêmica e tantas mudanças nos ambientes de trabalho.
Por isso, estamos abrangendo neste texto um resumo da ideia passada por Godin, junto às maneiras que você pode ampliar as suas habilidades reais, na sua rotina trabalhando com tecnologia.
Tchau, tchau soft – o mundo é das real skills
Em 2017, Seth Godin publicou o artigo intitulado Let’s stop calling them “soft skills” (Vamos parar de chamá-las de “soft skills”), trazendo sua visão sobre as competências em que as corporações estão focando, e o quanto elas devem ir muito além das hard ou soft skills, sugerindo que devem ser denominadas de real skills.
Esse novo conceito foca na necessidade em deixar de usar o termo soft (suave), pois isso demonstra pouca importância a elas, e dá a entender que são opcionais, facilitando que as deixemos de lado e seguimos para algo aparentemente mais urgente.
O autor comenta o quanto certas hard skills são fundamentais, já que algumas são essenciais para a manutenção do core business, como um programador que saiba codar, e um técnico que tenha conhecimento sobre manutenção de equipamentos.
E, o foco nelas se dá também porque são mais fáceis de se mensurar, já que se tornam perceptíveis após a verificação do currículo e aplicação de um teste, por exemplo. Mas, ao longo da jornada profissional, existe a necessidade em tomar atitudes as quais precisam das habilidades reais, como a tomada de decisões, o entusiasmo, trabalhar em equipe, inspirar outras pessoas e estar disposto a implementar mudanças.
“Sabemos como medir a velocidade de digitação. Temos muito mais dificuldade em medir a paixão ou o compromisso.” Seth Godin
As 05 principais real skills:
A partir desse entendimento, Seth sugere quais são as habilidades reais fundamentais, as quais estão categorizadas em autocontrole, produtividade, sabedoria, percepção e influência:
Autocontrole — essas real skills dizem respeito a atitudes como adaptabilidade em mudanças, agilidade diante de obstáculos inesperados, autenticidade, mentalidade colaborativa, inteligência emocional, honestidade, motivação para assumir novos desafios, resiliência, assumir riscos.
Produtividade — aqui, elas se referem a capacidade de atenção aos detalhes, tomada de decisão com eficácia, delegação para produtividade, facilitação de discussão, habilidades de definição de metas, solução de problemas, habilidades de pesquisa, gerenciamento de tempo.
Sabedoria — estas habilidades estão ligadas a resolução de conflitos, criatividade diante dos desafios, pensamento crítico em vez de mera conformidade, diplomacia em situações difíceis.
Percepção — o quanto se enxerga o mundo com clareza é fundamental aqui, como no design thinking, instinto perceptivo apurado, pensamento estratégico, elaboração de mapas estratégicos.
Influência — o carisma é apenas uma forma dessa habilidade, contando ainda com a persuasão, clareza na linguagem, dar feedbacks, liderança, falar em público.
Real skills aplicadas ao setor tecnológico
A utilização das real skills pode ser extremamente valiosa para o desenvolvimento e aprimoramento de profissionais da tecnologia. De acordo com a Lidia Souza, Analista de Gestão de Pessoas na PrintWayy, elas tomaram a importância no mercado:
“Muito se ouve falar de hard skills e soft skills, mas hoje, devemos chamar as competências comportamentais de Real Skills, o novo conceito de Godin. Criatividade, inovação, resiliência e iniciativa são as real skills mais relevantes atualmente para todos os profissionais, em especial os atuantes no mercado de tecnologia, por se tratarem de comportamentos altamente ligados com a realidade do cotidiano, e envolvem diretamente a capacidade de lidar com pessoas, projetos e problemas.”
As qualificações técnicas são complementares às competências comportamentais, mas enquanto as primeiras são adquiridas por meio de instituições de ensino e cursos especializados, as segundas são desenvolvidas por meio da experiência pessoal e interação com outras pessoas, por isso:
Tenha autoconhecimento, defina metas, e busque feedbacks
Você pode começar refletindo sobre as habilidades comportamentais que consegue identificar em si. Veja suas forças e âmbitos que precisam ser melhorados, pois conhecer seus pontos fortes e áreas de desenvolvimento ajudará a direcionar seus esforços de desenvolvimento de maneira mais eficaz.
Ao reconhecê-las, procure oportunidades de aprendizado que possam ajudar no desenvolvimento, incluindo cursos, workshops, seminários, livros e recursos online. A escola Conquer, por exemplo, disponibiliza excelentes cursos de produtividade, gestão do tempo e inteligência emocional gratuitos.
Ainda, estabeleça metas específicas para cada habilidade comportamental que deseja desenvolver. E, lembre-se, nada de estabelecer objetivos inatingíveis! Separe suas metas em etapas menores para facilitar o acompanhamento do progresso.
Os feedbacks merecem atenção, e você pode solicitar retornos de seus colegas de trabalho e líderes, pois eles são as pessoas que podem fornecer insights sobre suas competências comportamentais e áreas que precisam ser aprimoradas. E, além disso:
Experimente novos desafios, pratique e seja paciente
Já que você está aberto a aprender, também precisa praticar. Por isso, procure oportunidades de assumir responsabilidades que exijam o uso das suas competências comportamentais.
O que pode incluir liderar um projeto, trabalhar em uma equipe diversificada ou assumir novas responsabilidades no trabalho. Assim, você terá a chance de praticar e aprender com a experiência, além de melhorar sua comunicação em reuniões, resolver conflitos de maneira construtiva ou demonstrar empatia e colaboração em projetos de equipe.
Se desenvolver e crescer pode levar tempo e prática, por isso, persistir e não desistir é fundamental, já que é um processo contínuo de aprendizado e crescimento.
Você pode começar o seu aprendizado aqui mesmo, no Blog da PrintWayy. Dá uma olhada nesses conteúdos: