Quando um playyer novo ingressa na PrintWayy, são realizadas reuniões de onboarding junto a cada time, para que ele passe a conhecer melhor os colegas e como os processos funcionam. No marketing, nós chamamos esses encontros de Tour pelo time de Comunicação e Marketing.
E, ao ler – ou ouvir – a Fala Playyer, você pode passar por uma experiência similar a essa, já que conversamos por aqui com as Designer Gráficos, Antônia e Flávia, e hoje você vai ser apresentado à Janaína Colpani, que é a coordenadora.
Entre viagens pela estrada e, também, na maionese (faz parte!), Janaina nos contou de que maneira constrói um ambiente estruturado e, ao mesmo tempo, criativo dentro do time.
Ainda, nos relatou como uma gestão de marketing bem executada está relacionada a construção de marca:
“Uma marca cresce forte por meio de uma gestão que sabe comunicar não só o que ela faz, mas por que faz o que faz. Vai além da comunicação externa, envolve toda a experiência do consumidor e a forma como ele se sente ao interagir com a marca.”
Nós também falamos sobre tendências dentro da área e um pouco sobre o assunto que é hype no momento – o uso de Inteligência Artificial (IA) no marketing. Por fim, a Jana compartilhou algumas dicas valiosas de conteúdos para quem trabalha na área ou é um entusiasta.
Adorei o resultado do nosso papo, e acredito que você vai curtir bastante também. ✌️ Confere ele completo a seguir:
Gestão de Comunicação e Marketing na PrintWayy, com Janaína Colpani
1. Oi, Jana! O blog é seu conhecido de longa data, mas a Fala Playyer é novidade pra ti, então, seja bem-vinda! Gostaria que você compartilhasse com a gente como foi o seu caminho profissional até se tornar coordenadora do time de comunicação e marketing na PrintWayy.
Janaína: Olá! Me sinto muito bem-vinda e confortável por aqui. O Blog foi um dos meus primeiros projetos na PrintWayy – comecei a trabalhar em setembro e, em outubro de 2017 o primeiro post foi publicado. Tenho muito orgulho de todo o conteúdo que ele entrega para a comunidade do outsourcing de impressão.
Minha trajetória profissional é um pouco grande e sinuosa, mas vou tentar resumir: eu fui de Campinas do Sul-RS de mala e cuia para Passo Fundo-RS fazer graduação em Comunicação Social – Publicidade e Propaganda. Durante a faculdade, experimentei estágios em várias áreas: vendas, design gráfico, estratégia, planejamento, redação, mídia, atendimento, eventos… Passei pelo B2B e pelo B2C, fui conhecendo e testando possibilidades até entender no que eu era realmente boa fazendo e também o que me deixava feliz e realizada.
Depois de formada fiquei um tempo trabalhando em Erechim-RS, voltei para Passo Fundo-RS e, de lá, fui para São Paulo-SP. Passaram-se alguns anos e me mudei para Lages-SC, onde conheci a PrintWayy, o Hernani e o Max (lembro até hoje do dia da entrevista). E agora estou morando em Porto Alegre-RS.
Ao longo desse caminho, segui estudando e me desenvolvendo. Fiz MBA em Marketing Estratégico e também em Marketing Internacional, além de cursos de liderança e gestão voltados para times criativos e participei de mentorias. Leio muitos livros, blogs, portais e newsletters, escuto podcasts e, sempre que possível, estou em eventos do setor – tanto online quanto presenciais, como o RD Summit e o World Creativity Day.
2. Você é uma das Playyers que está por aqui a bastante tempo, assim, quais foram as mudanças mais significativas que observou na empresa ao longo desses 7 anos?
Janaína: Pra mim, uma das mudanças mais significativas que tivemos foi o crescimento do time. Com mais pessoas chegando veio a necessidade de estruturar processos e documentar nossas diretrizes. Foi nesse cenário que nasceu o “DNA DreamTeam”, nosso manifesto de cultura, além de muitos métodos e fluxos de trabalho que ajudaram a organizar o dia a dia.
Gostei muito de fazer parte dessa transformação, porque trouxe mais profissionalismo e alinhamento para todos. Isso tornou ainda mais claro nossos objetivos, missão, visão e propósito — algo que motivou tanto os playyers veteranos quanto os novos integrantes do time.
3. De que forma o remote first influencia sua abordagem criativa no trabalho? E, além disso, quais são as outras vantagens dessa modalidade para você?
Janaína: Eu sou uma entusiasta do trabalho remoto. Esse formato me ajuda muito na criatividade. Eu gosto de trabalhar em silêncio, porque “as vozes da minha cabeça” falam bem alto, chegaram a gritar! Isso me dá o espaço necessário para processar e estruturá-las estrategicamente.
A comunicação entre o time no ambiente remoto exige mais intencionalidade e clareza. Isso ajudou a refinar minha forma de estruturar ideias, fazer direcionamentos e alinhamentos com o time. Como estamos sempre colaborando à distância, aprendemos a usar ferramentas e metodologias que tornam o processo criativo mais dinâmico e eficiente, facilitando o compartilhamento de insights e a cocriação.
Entre as vantagens do trabalho remoto, destaco também a autonomia para gerenciar meu tempo e energia de forma mais produtiva. Sou uma pessoa da manhã, produzo muito mais nas primeiras horas do dia, então tem momentos que começo a trabalhar antes mesmo do galo cantar. Isso tudo contribui para um estado mental mais leve e propício para a criatividade.
4. Como você constrói um ambiente onde a criatividade pode se desenvolver de modo estruturado e consistente dentro do time?
Janaína: Criatividade e organização podem parecer opostos para muitas pessoas, mas na verdade andam lado a lado. Para que boas ideias surjam e se transformem em ações concretas, é fundamental criar um ambiente que equilibre a liberdade criativa com direcionamentos claros.
Aqui no time, trabalhamos com alguns pilares que ajudam nesse processo. O primeiro é a confiança: as pessoas precisam se sentir seguras para sugerir, testar e até errar sem medo. Um ambiente aberto ao diálogo e ao aprendizado constante é essencial para que a criatividade floresça.
Outro ponto importante é a intencionalidade. Criatividade não acontece só por acaso, então criamos espaços para isso, seja em brainstorms estruturados, seja em conversas mais informais onde insights surgem naturalmente. Além disso, usamos metodologias e ferramentas que ajudam a organizar e refinar as ideias, garantindo que nada se perca no meio do caminho.
Também acredito que a criatividade se alimenta de repertório. Por isso, incentivo o time a explorar referências de diferentes áreas, conhecer e fazer coisas novas, estudar e sempre trazer perspectivas diversas para o trabalho.
Quando conseguimos combinar inspiração com estratégia, a criatividade deixa de ser algo pontual e se torna parte da cultura do time. Ela com certeza é o “core business” do time de comunicação e marketing da PrintWayy!
5. De que maneira a realização de uma boa gestão de marketing se conecta a construção de marca forte e autêntica?
Janaína: Não é só pela realização de uma boa gestão de marketing, mas por meio dela que é possível fazer a marca viver de maneira consistente e alinhada com os valores da empresa, independentemente do cenário. Mais do que seguir tendências ou lançar campanhas, uma gestão de marketing eficaz é sobre entender profundamente quem você é como marca e como se conectar de forma genuína com o seu público.
Quando a gestão da empresa como um todo é bem executada, ela cria uma base sólida para as ações de marketing. Isso envolve decisões estratégicas claras, a escolha certa de canais, uma mensagem consistente e a construção de uma relação verdadeira com a comunidade ao redor da marca. Não tem segredo: é trabalhar com transparência, autenticidade e coerência.
Uma marca cresce forte por meio de uma gestão que sabe comunicar não só o que ela faz, mas por que faz o que faz. Vai além da comunicação externa, envolve toda a experiência do consumidor e a forma como ele se sente ao interagir com a marca. Quando você entrega uma promessa e a cumpre de forma consistente, isso fortalece sua autenticidade e cria uma relação de confiança.
Pra mim, a boa gestão de marketing é a responsável por garantir que a marca não se perca no caminho, por manter sua essência e adaptá-la de forma inteligente ao mercado, sem abrir mão de sua identidade.
6. Com o crescente uso de inteligência artificial no marketing, como você percebe o futuro da criatividade no setor? A tecnologia se torna uma aliada ou um desafio?
Janaína: O desafio é tornar a IA uma aliada! No fim, ela é só um meio – o diferencial continua sendo quem a usa e como a usa.
Vejo a IA como uma ferramenta para otimizar processos, gerar insights e liberar tempo para que os profissionais se concentrem no que realmente importa: estratégia, inovação e conexões genuínas. Pra mim, a melhor abordagem é usar a inteligência artificial para potencializar a criatividade humana, e não para substituí-la.
7. Qual tendência do marketing atual você acredita que merece mais atenção das marcas?
Janaína: Eu adoro ler guias de tendências e estudos de mercado. Sempre tem algo novo surgindo, mas se a gente olhar com atenção, vai perceber que muitas dessas “novidades” seguem padrões de comportamento que se repetem há anos – moldados pela cultura, pela sociedade.
Um ótimo exemplo disso é a “Cor do Ano” da Pantone. Há 26 anos, eles analisam o contexto global para definir uma cor que represente aquele momento. A cada ano, temos uma nova cor (a tendência), mas o próprio ato de lançar essa cor anualmente já virou um padrão. E porque eles fazem isso? Porque as pessoas gostam. E, porque as pessoas gostam? Chegar na resposta desta pergunta é que vai trazer a motivação real do porque fazer pela primeira vez e continuar fazendo por tanto tempo.
E é exatamente essa a maior tendência no marketing: não se prender apenas às novidades, mas sim entender as pessoas. Antes de sair correndo atrás do hype, as marcas precisam olhar para a comunidade que a cerca, entender suas dores, desejos e motivações. É importante saber interpretar o que realmente faz sentido para seu público e traduzir isso por meio de uma comunicação de marketing é o que vai gerar a verdadeira conexão.
8. Viajar é um dos seus hobbies favoritos, e imagino que cada destino traga inspirações e perspectivas diferentes. Como essas experiências te influenciam a ser mais criativa?
Janaína: Uau! Viajar é demais e, ”viajar na maionese” também é incrível (faço muito mais este tipo de viagem)! Às vezes, uma viagem mental é tão inspiradora quanto um carimbo no passaporte.
Viajar me tira do automático. Estar em um lugar novo me faz prestar mais atenção ao que está ao meu redor, e essa presença é essencial para o pensamento criativo – essas percepções acabam reverberando nas minhas ideias, já que eu sempre volto de uma viagem com novas conexões que refletem não só, mas também no meu trabalho.
Porque, no fim, a criatividade é isso: um mix entre a viagem real (repertório) e as que a gente faz dentro da própria cabeça (imaginação).
9. Feche os olhos e pense na sua biblioteca – qual o primeiro livro que te vem à mente e você pensa “todo mundo precisa ler isso”?
Janaína: O livro que eu vou indicar não é pra todo mundo – desculpe te decepcionar. Mas é para quem trabalha (ou se interessa) por marketing, comunicação e gestão de marcas, e já se pegou perdido em meio a ideias soltas, tentando dar sentido a um briefing ou articulando um pensamento estratégico: “Estratégia São Suas Palavras – A luta de um estrategista por significado”, de Mark Pollard.
O autor traz um olhar afiado e provocativo sobre o que significa pensar estrategicamente. Sem fórmulas mágicas, ele entrega frameworks, reflexões e cutucadas necessárias pra gente sair do piloto automático e estruturar ideias com mais clareza e impacto.
Ele não foca só na parte técnica – também fala sobre os desafios internos do estrategista: insegurança, bloqueio criativo e aquela voz do impostor que insiste em aparecer e, divide momentos da sua vida profissional.
“A arte e a ciência dançam para criar um estrategista.” Pág. 89
Eu realmente sou fã do livro, assim como da newsletter “Sweathead”, também do Mark Pollard.
Adorei estar aqui como entrevistada. ⚡️ Espero que tenha gostado de acompanhar a Fala Playyer e conhecer um pouco mais sobre mim!